quinta-feira, 27 de dezembro de 2012

Compulsão da oralidade.

Mais uma teoria herética observada por mim mesma. Eu sofro de compulsão da oralidade. Na barriga da minha mãe tudo era perfeito.Simbiose, existência plena e suprida. Quando eu saí, mamei no peito por 11 dias, e só. Cresci com dificuldades de comer,tomei remedio pra abrir o apetite na infância e fui uma adolescente gordinha e vegetariana. Era a minha consciência brigando com meu metabolismo. Experimentei cigarro na adolescencia e vomitei. Deve ter sido no mesmo dia que tomei meu primeiro porre alcoólico. Tomei trauma dos dois. Pra que estou falando disso tudo? Observei o quanto me faltou o peito da minha mãe. E me pergunto hoje o quanto ele ainda nos falta? Falo de uma memória corporal onde não há palavra,cheiro ou chave que nos dê acesso de novo a essa sensação.Só sensação de abraço,calor, preenchimento labial,toque da boca e saciedade tudo junto! Alguém lembra desse prazer? Eu não. Ninguém lembra de fato,mas todo mundo reconhece essa sensação do prazer que a boca nos dá. Eu o reconheço quando na minha compulsão de oralidade tento suprir, comendo,bebendo,fumando,beijando e sem vontade de parar. Me deixando levar pelos movimentos mecânicos de comer vendo TV sem ver o que estou comendo e comer mais do realmente o meu organismo necessita pra viver equilibrado. É preciso ter algo na boca. O tempo todo,quando estou ansiosa ou triste. Alegre eu me esqueço mais de querer sugar a vida pra me sentir viva. Triste,a sede de viver é maior, e a compulsão aumenta. A briga com a balança é real. Nivel MMA, lutando com toda coerência e consciência pra derrotar os lixos orgânicos que eu mesma me promovo. Mudança de hábitos e maturidade. Deixei de ser um neném faminto, carente de peito de mãe tem muitos anos. Apesar do cigarro ter o tamanho de um bico de peito, eu sou ex-fumante com muito orgulho e gratidão a Deus porque realmente é um vicio dificil de parar,mas não impossivel quando se entende que tudo ali é ruim e de mentira, mas com subtextos maravilhosos. Eu sei que o cigarro pode ser nosso melhor amigo. Comecei a fumar aos 29 anos,burra. Parei tem quase quatro anos. Queimando dinheiro e saúde porque precisava ter alguma coisa na boca. Compulsão da oralidade de cu é rolaaaaaaaa, não admito mais sofrer com isso! Hoje ainda tenho muitas compulsões, se desfazer de uma memória corporal requer consciência , força de vontade e paciência. Meu processo hoje é bebendo água e escovando os dentes pra parar de comer( usei aparelho fixo duas vezes e percebi que gosto de boca limpa dá preguiça de comer) e fazendo reeducação alimentar. Só assim eu sou capaz de cuidar de mim como adulta e amorosa mãe do meu corpo que devo ser. Porque adulta,livre pra dar beijos sem hora pra voltar pra casa, eu posso ser feliz sem me perder, ou me autodestruir. Buscando o caminho do meio.
Compulsiva sim, burra jamais!

domingo, 23 de dezembro de 2012

Querido Papai Noel...

Eu já deixei de acreditar em você tem um tempo. Põe ai uns 25 anos. Mas todo ano você aparece, com essa roupa quente, essa barba tipo lã no verão carioca de 40°, e eu me pergunto: ele não desiste nunca? Não né? Papai Noel Brasileiro, você é o cara! Então por isso, vou abrir meu coração para fazer um pedido de Natal. Mesmo que eu não goste de natal, que essa data me entristece, que as pessoas só pensem em comprar, comer, beber e brigar, eu vou por um instante acreditar que você não é o protótipo do consumismo e vou lhe dar a confiança de saber o que eu quero de presente.
Eu quero tchuuu,eu quero tchaaaaa. Não sabe o que é isso? Nem eu. Mas eu sei que é nosso, é do Brasil. Então eu queria na verdade que de alguma forma, a nossa cultura pudesse se enxergar mais e se aceitar mais. Nos sabotamos e nos criticamos sempre pro pior. Negativamos automaticamente a nós mesmos desde sempre. Não fomos colonizados, fomos explorados. Nunca ninguém se preocupou com nossos sentimentos. Nos invadiram, nos saquearam. Nos violentaram. Mas nós sobrevivemos trabalhando,rindo e se misturando. Ainda não entendeu meu pedido?
Bem vou tentar explicar...pra mim, o Brasil é uma salada de frutas.Uma mistura deliciosa. Mas as vezes a banana fica escura, a maçã também, e ai...a gente se estranha e fica de cara feia pra propria salada. E passa a falar que salada de frutas engorda. Então chega! Eu quero um milagre onde nós brasileiros nos vejamos não uma mistura que poder dar problemas. Eu quero que a gente se veja como uma farofa! Isso, mistura tudo, farinha, ovo, bacon, liguiça, banana, nozes, passas, e combina com tudo! Melhor assim! Somos do bem, queremos o bem,estamos aprendendo. Então, esse milagre rola? Farofa no Natal? Então beleza! Muito obrigada Papai Noel!.

sábado, 22 de dezembro de 2012

Primeiro dia do começo de nossas vidas.

Pronto! O fantasma passou.Finalmente um horizonte sem previsões apocalipticas tão assustadoras, que chego a pensar que já acordei com 3 kilos a menos, sem uma nuvem de medos, incertezas, e tédio. Agora sim, podemos falar de outro assunto. Podemos enfim pensar no outro, no planeta e no que vamos fazer com nossos velhinhos. Porque se ele não morreram e nós também vamos chegar lá, como preparar filhos pra cuidar do que vamos dixar pra nós mesmos? Não tem mais a desculpa de que o mundo vai acabar em 1999 para 2000, não foi. E agora também não foi. Sem desculpas. É hora de agir, fazer. Se dedicar ao que realmente interessa: as relações. Como você trata as pessoas que ama, as que você nem conhece, e as que trabalham contigo. As que ama, porque ainda dá tempo de parar de apontar o dedo, e abraçar mais, já que ama. E as que não ama é parar de apontar o dedo, e sorrir mais. Já é um bom começo, e sem " forçação" ( não sei se essa palavra existe no dicionário) de um contato físico com quem a gente não conhece, ou até mesmo não concorda com coisas que ela faz. Não precisa abraçar. Até com quem a gente diz que não gosta, também não precisa abraçar... pelo menos um sorriso né? Respeitar escolhas, reconhecer limites. Tudo com bom senso se resolve. Não gostar pode, é um sentimento real. Querer o mal dela por causa disso, é se mover em direção errada. É mais fácil gostar de si mesmo, se respeitar, já pensou se todo mundo que não gosta de você, fizesse algo na sua direção? E você na verdade nem sabe o porquê dela não gostar. Nossos defeitos são  muitos, e falhamos todos os dias sem nem perceber, e agora? Sorria mais e peça desculpas. Bom senso de novo. 
 Tenho uma teoria herética que vem me rondando alguns anos. E a cada ano vai se revelando. Assim como um dia Lutero entendeu o que é viver pela fé, e se desligou da Igreja Católica, também acho que podemos entender as coisas da Biblia, de maneiras diferentes no decorrer do tempo.
Sempre ouvi dizer que iríamos reinar com Jesus na Terra por mil anos. Que nós iríamos nos transportar para outros lugares, em segundos, que não haveria guerras, e doenças. Pois bem, também aprendi que Jesus é o Verbo, e o Verbo estava com Deus e Era Deus, e tudo o que foi feito, foi por meio dele. A fé do cristão vem da Palavra. Tem 2012 anos mais ou menos que Jesus esteve na Terra, e o personagem nunca mais foi esquecido,pelo que ele FEZ. Ação. Verbo. Morreu por amor. Viveu por amor. 
Se estiver acontecendo um alinhamento de planetas, onde a Terra viverá uma Nova Era, onde o conhecimento já nos é acessivel, a internet nos transporta pra qualquer lugar da Terra em segundos, a medicina avança combatendo doenças...estou achando que a parte da guerra é com a gente também. Se fizermos nossa parte no amor, agirmos,como o mestre que nos ensinou, eu quase concluo, que já estamos vivendo com Jesus na Terra praticamente em plenitude!Eu e você vivenciamos isso juntos nesses ultimos 30 anos não foi?Quanta evolução? Sinceramente, não importa se você acredita ou não em Deus ou em Jesus, mas sim, se você acredita na força do amor. Acredita? Essa força te move?!!!Ok, temos MUITO trabalho pela frente. A luz que chega, o conhecimento, a consciência vem e mostra o quanto estava sujo. Nos cabe agora, arregaçar as mangas do coração e limpar tudo, com muito amor. Bora?

quinta-feira, 20 de dezembro de 2012

O fim do meu mundo

Cada vez mais longe, cada vez mais, perto. Um dentro e fora desconexo. O meu mundo que era seu,agora é nosso. E viva os Maias que conseguiram colocar o planeta inteiro prestando atenção na mesma coisa: nas mudanças. As do planeta,as minhas, as suas e as finalmente possíveis. Olho ali pra decada de 90, seculo passado,e lembro como eram dificeis as mudanças. Talvez elas também não fossem tão necessárias como agora são. Será que só eu me revolto no peito comigo mesma bradando que do jeito que tá não dá pra ficar? Alguém tem de fazer alguma coisa! E a começar por mim! Me ame! Foda-se quem eu seja ou que eu fiz,ou o que tenho. Eu tenho um corpo , um espirito e uma alma igual a você. Antes de qualquer pré julgamento,sou um ser da mesma especie que a sua. Os únicos com consciência e escolha pra amar. Vivemos pra aprender exatamente isso: amar. Morremos sem saber. Mas até quando? Pourran, já estou com preguiça! Mesmo assim, me ame,me olhe com bons olhos. Prefira se colocar no meu lugar, ou então aprenda a relevar, eu erro pra caralho, assim como vocês. Me esperem, eu tenho o meu tempo. Amor é paciência, a gente precisa praticar isso. Mas nesse calor? Quem é capaz de amar nesse calor? Deve ser por isso que o diabo que não ama ninguém mora lá no inferno!#jesusmehidrata.
Mas voltando ao amor. Me ame, me perdoe,eu sinto muito por tanta coisa....mas eu te agradeço por termos chegado até aqui! Obrigada mesmo, muitas vezes obrigada por tudo. Eu também te amo. Eu te amo, é sério. Eu rio, porque a via realmente é de graça, e engraçada é a minha vida, mas eu te amo sim. Eu te aceito, eu te perdoo.EU TE AMOOOOOOO! Pronto. Acho que agora sim, posso começar a viver o começo do meu novo mundo. Todos os dias e pra sempre assim.

sábado, 1 de dezembro de 2012

Quando as mães adoecem.


O quarto era azul, e tinha um cheiro engraçado de chocolate. Era dos aparelhos que faziam o trabalho de oxigenar o corpo deitado naquela cama de hospital.  Não fui lá muitas vezes, eu tinha uns 12 ou 13 anos. Não entendia o nome complicado da doença e muito menos gostava de vê-la  atrofiando aos poucos sem poder falar. Essa era minha avó materna, que ficou doente e por oito ou nove meses  na minha memória, cheirou a chocolate.
Nessa época perdi a minha mãe pra minha avó.  Ela era tão dedicada, que só andava de branco pelos hospitais e era até chamada de doutora por alguns. Uma pessoa de branco em um hospital pode entrar onde quiser.  Enquanto minha avó esteve internada, minha  mãe estava lá. Não me lembro de ter visto nenhum dos outros filhos da minha avó tão dedicados como minha mãe, e ela tinha mais três.  A doença da minha avó não tinha cura, e quando ela morreu, foi a primeira vez que meu pai dormiu na minha casa. Minha mãe não saiu do hospital. No velório ela voltou a fumar. Nunca entendi isso. Por que não antes?
Essa não foi a primeira e nem ultima vez que perdi a minha mãe. Na verdade acho que nunca a tive. Não como eu queria. Minha mãe sempre foi linda, engraçada e exuberante! Pros outros. Comigo ela sempre se permitiu ser crítica, deprimida e feia. Nas vezes que ela estava na fase boa de sua bipolaridade, ela me ensinou muita coisa de arte, música e literatura. Não posso negar que foi ela quem me ensinou a escrever uma boa redação!Me levou a lugares importantes, como ao Teatro Municipal, me ensinou a gostar de música clássica. Sempre admirei minha mãe que é uma artista nata. Ela sabia desenhar, pintar, costurar, cozinhar, escrevia música, cantava, maquiava,  desfilava em escola de samba, e também puxava o samba no gogó. Mas quando estava na fase deprimida, tudo o que eu fazia era péssimo, e ela vivia dormindo e gritando comigo por que eu fazia barulho. Não sabia mais o que fazer pra minha ídola me dar atenção. No mínimo te garanto que fui boa aluna, nunca repeti de ano e nem fiquei em recuperação. Terminei meus estudos com 16 anos. Um fenômeno de responsabilidade. Já era vegetariana desde os 13 e ser a melhor em tudo era a única maneira da minha mãe me dar atenção.  Acho que no final das contas, eu bati palma pra maluco dançar, porque nem assim. No fundo não fazia mais que minha obrigação, ela dizia. Por isso acho que nunca a tive, só no útero mesmo que fomos completas.
Arrastei pra análise essa minha delicada relação. Inevitável. A culpa é sempre da mãe. Eu sei, sempre fui mãe da minha mãe. A gente erra querendo acertar, mas eles, os filhos nunca aprendem. Então a culpa é minha.  Que por anos tentei ensinar a minha mãe a ser a minha mãe, mas não consegui. Desisti. Quero meu lugar de filha já. Mas agora? Como eu faço isso aos 35 anos? Começando tudo de novo. Papéis invertidos geram problemas. O processo vai demorar.
O quarto é azul, mas não tem cheiro de chocolate. Dessa vez é minha mãe que está sentada diante de três médicos, com um monte de exames na mão, e um deles pergunta:  “ A senhora sabe do que se trata essa doença?”-  minha mãe como uma criança fingiu que não sabia, ou deu a entender que sabia mas não queria falar o nome, fiquei observando calada.  Ele insistiu na pergunta até ouvir a palavra sair da boca da própria. – “ Câncer.” Ela enfim respondeu.
Sai do hospital com ela segura que vai dar tudo certo na cirurgia e que Deus estava no controle, e está. Não sei por que as pessoas tem câncer, não sei como se curam. Creio que Deus cura, que o amor cura, que o tempo cura. Sei também que quando as mães adoecem, as filhas mudam. Eu sei, eu já vi isso antes.

domingo, 11 de novembro de 2012

É preciso amar as pessoas como se não houvesse amanhã.

"Eu acredito que nós viemos a mundo para aprender a amar..." - essa é frase que martela na minha cabeça, e foi dita pela minha sábia terapeuta. Nas divergências de fé, condutas e moral, essa é a conclusão que chegamos juntas e ainda me faz continuar na terapia. A gente nasce, para aprender a amar, e para aprender a amar, a gente sofre. Nós sofremos porque não sabemos amar. Esse ciclo de frases me permeiam o dia e eu vou em busca da fonte desse amor, porque não aguento mais sofrer. Qual seria a fonte inesgotável de amor? Isso existe? Não é muito brega? Vou lá na fonte buscar amor, porque estou aqui com essa faca na mão, pronta pra descer e matar o cara da padaria que me vendeu a mortadela errada...ou vou buscar amor, porque todo o que amor que eu tinha eu dei pra amiga errada e agora ela se foi, e eu fiquei sem. Delivery de amor também seria bom. DisqueAmor, - Levamos abraços e afeto até você onde você estiver, mande um SMS!- Afeto? Nem a voz do atendente é de verdade. 
 Lembrei da passagem da mulher samaritana em João 4, que sai de casa por volta do meio-dia, naquele calor infernal pra pegar água no poço. Ela saiu essa hora de propósito pra não encontrar ninguém. Ela não era muito bem quista pela sua comunidade, evitava confrontos. E naquela época, além de homens não falarem com mulheres, judeus também não falavam com samaritanos. Judeus, sempre se acharam os melhores e se sentiam no direito de fazer bullyng com qualquer outra religião ou comunidade própria. Só que nesse dia em especial, havia um homem  lá no poço esperando por ela. Ele lhe pediu água, e ela se assustou. Não entendeu como um judeu poderia falar come ela, e ainda lhe pedir algo. Negar água? O homem era Jesus e graciosamente respondeu que se ela conhecesse o dom de Deus, saberia que se pedisse água a ele, Ele lhe daria da água viva. Papo muito profundo e misterioso pra uma sexta feira ao meio dia hein? Um calor de derreter os miolos, quem não ia querer a tal da água viva? Mas o que é água viva? É daquelas que queima na praia? A mulher olhou e viu que ele não tinha balde e nem nada pra tirar água do poço, como iria arrumar agua viva pra ela? Moço, o senhor é quem afinal? É maior que Jacó que fez o poço e bebeu no proprio poço? Jesus continua falando dificil com a mulher . Quem beber da água desse poço, voltará a ter sede, mas quem beber da água que eu der, ela se tornará uma fonte de água no seu interior pra vida eterna. Não sei se a mulher entendeu essa metáfora rápido, mas ela quis na hora!!!! Quem não ia querer ficar livre de buscar água no poço todo dia ao meio dia??? Ela disse, me dê dessa água!! Ele então madou ela chamar o marido. Ai babou, ela não tinha marido. Ela tinha um companheiro sem casar. Jesus sabia. Jesus também sabia que ela tinha tido cinco caras antes desse. Ela era uma pervertida,piriguete safada, sem vergonha excluida de sua comunidade. Mas Jesus estava ali pra falar com ela sobre o amor. Ele estava rompendo com todos os preconceitos que existiam pra ensiná-la sobre as coisas de Deus. Que Deus procura adoradores que o adorem em espirito e em verdade porque Deus é Espirito. A questão de onde se deve adorar, se ela era mulher, se ela não era casada, ou se era samaritana, passou a ser nada, quando ela anunciou que conheceu o Messias em sua cidade.Ela conheceu o Amor, e foi mais uma mulher evangelista que anunciou as boas novas do evangelho! Jesus poderia ter escolhido o mais digno dos homens, porém escolheu a mais excluida das mulheres. Isso é amor. É saber de todas as falhas do ser humano, desse sujeito infantil, egoista e irritante e não desistir dele. Pra mim Deus é amor.Ele é a minha fonte, lembrar dessa história me faz guardar a faca. Me faz ser mais paciente com o meu próximo, seja ele quem for, ou como estiver. E com Ele vou aprendendo a amar as mulheres samatitanas que eu encontro na vida, que assim como eu também tem sede.Sede de amor, e de aprender a amar sem dor.

terça-feira, 23 de outubro de 2012

Pedaços de pequenos pensamentos

Passiva

Pra quem estiver sentindo minha falta no Facebook, gostaria de esclarecer que me tornei passiva. Sim, não quero mais receber curtidas, e no final do dia me sentir "aceita" virtualmente com migalhas de aceitação coletiva. 

Futuro

Achei a entrevista que fiz com a numeróloga sobre meu nome artístico, coloquei pra ouvir e existe um numero 13 na minha trajetória até os 39 anos e isso significa que até lá, tudo vai ser mais demorado do que eu gostaria. Por isso, deixei de me culpar por não estar na novela das 9 agora, tenho amigos talentosos que podem chegar primeiro que eu sim, e o melhor, quando chegar a minha vez, saber que posso ser bem recebida por eles. Seja na novela das 9, no cinema, no teatro ou na internet. O horário de Deus nunca está errado. O futuro certamente me espera, eu que tenho de aprender a esperar por ele.

Amor

Li uma frase essa semana , onde a pessoa dizia que amar era melhor que ser amado. Discordo. Ser amado é ser perdoado, amar é perdoar. Erro mais que amo.


Saudades

Estou sentindo todas, até as que não podem ser ditas.As que não são traduzidas, apenas sentidas.

Marido

A luz da minha cozinha queimou, liguei para a "PQM ( pra que marido)" solicitando um marido básico para vir trocar a minha luz, e a moça respondeu que era 120,00 reais a hora. Perguntei, mas pra trocar uma lâmpada ele demora 15 minutos, pago então 30,00 reais? Ela respondeu que não, mas que o marido poderia fazer outras coisas no restante do tempo...pedi então que ela me mandasse a foto dele de corpo inteiro...ela desligou.


 

domingo, 7 de outubro de 2012

O desejo que move.

"Haja luz!" - Tudo começou com uma simples ação...a palavra proferida e a tal luz se deu. O que devia ser isso né? Já que nada existia antes da luz...? Partindo dela tudo se move. Sendo o Sol, a partícula do universo que mais a possui, tem um sistema proprio, o Sistema Solar,que também se move ao redor dessa bendita luz! Em uma escala menor estamos nós, formiguinhas de óculos escuros esturricando na praia para pegar uma corzinha. Contemplar a luz é se iluminar? Talvez. Me questiono agora o quanto eu movo na direção da luz que preciso pra viver. Queria ser como uma folha, que se move milimetricamente a cada dia e se molda ao caminho do sol para a sua fotossintese diária. Sou uma formiguinha ansiosa, acelerada, com óculos escuros made in China, cheia de zica pelo meu corpo. A começar pelo suvaco, e essa maldita coceira que não passa! Quanto mais luz ( calor) mais coceira. Vontade de brozear as axilas para ver se o sol acaba com essa tortura! Pior mesmo, é a zica da minha alma. Ela cisma em morar debaixo de viadutos e porões. Parece encardida, não consigo ver. Ela se esconde em uma penumbra. Já tentei levá-la a praia ao sol de meio dia por anos...mas nunca consegui iluminá-la a tal ponto de vê-la como exatamente é. E agora formiguinha, como vamos levar luz a essa alma? Já sei, vamos fazer luzes no cabelo! Clarear, para que a minha imagem no espelho seja concreta e iluminada!! E o desejo de ser iluminada e se enxergar através da luz se torna um processo doloroso, caro e autodestruidor. Perdi o cabelo, ele caiu com tanta quimica! E a agora formiguinha careca, de óculos escuros made in China, como vamos levar luz a essa alma?Já sei, vou me apaixonar! Já que eu não me enxergo, que o outro me veja, e me ilumine!!Quanto sofrimento em busca de outra formiguinha no meio dessas 7 bilhões!Quem seria mesmo capaz de iluminar a minha alma e me ver como realmente eu sou, antes que eu mesma saiba? É bem dificil, eu sei, mas esse é o meu desejo, e que me move, eu vou!! Eu até posso achar, mas isso pode levar anos!! E até lá? E agora formiguinha? E o agora??? Senta ai nessa penumbra e pára! - Responde o corpo frágil da formiguinha. Parada o mundo continua se movendo ao redor do sol e você também formiguinha. Entenda o seu fluxo, acredite no movimento natural das coisas. É, realmente eu estou muito cansada- pensa a formiguinha. Na luta entre alma e corpo, mantenho um padrão corporal de muitos maus hábitos. Sou viciada em comportamentos e reações de julgamentos que só me fazem mal, eu sei que isso existe, sei o que devo fazer para mudar, mas me falta o entendimento.Vou dar um exemplo banal : Não entendo como as pessoas conseguem morar sozinhas e cozinharem só para si. Sei que é o certo, mas não consigo fazê-lo. Como o que tiver, na rua, na casa da minha mãe, peço quentinha, ou passo fome. Detalhe: sei cozinhar, e muito bem. Então a pergunta é: por quê não se faz apenas o que deve ser feito? Não entendo algumas pessoas, que não conseguem tomar uma atitude verdadeira a respeito de si mesmas, e e não param de se enganar?Até quando, essa penumbra de ilusão vai nos deixar nos porões? Um monte de formiga careca, gorda, ansiosa, alcoolatras, dependente quimicos, dependentes emocionais, formiguinhas infantis,batendo cabeça, sem luz,e que não querem assumir suas próprias responsabilidades e se olharem por dentro? Sou a primeira da fila, com a panela de pressão e o feijão na mão.Hoje vou cozinhar!Som na caixa...e no barulhinho do shicshicshic do feijão...  Ah, formiguinha, você realmente está muito cansada, olha quanta cobrança!! Tudo já foi feito! O que você faz ou não faz, poderá  impedir o Sol de existir e a luz chegar!Uma hora aprende. Respira, feche os olhos e imagina que o ar é a luz que ilumina por dentro. Experimente, e depois me conte formiguinha.Mas quem falou isso? Eu mesmo, o seu espírito, que sabe de todas as coisas, basta você realmente querer saber. Sempre que você quiser, eu te trarei a luz. Apenas tenha fé. Fé do tamanho de uma formiguinha.

- O oposto do medo não é a coragem, e sim a fé.

sexta-feira, 20 de julho de 2012

Carta pra um amigo.

Olá, quanto tempo hein? Desde ontem não nos falamos, mas o que é o tempo pra nós? Podemos ficar anos sem nos encontrar, que ao estarmos juntos o tempo se encurta rapidamente e tudo volta de onde parou. Bom demais te encontrar, e ouvir você falar de suas histórias, de como aquelas conversas despretenciosas, fizeram seu caminho até aqui. Que daqueles sonhos confessos, que daquelas simples vontades faladas no meio de garagalhadas, e às vezes no meio de lágrimas, permanecem no seu coração e fizeram de você uma pessoa melhor, sempre melhor. Como é bom te reconhecer. Me conhecer. Saber de você, como eu estou. Pois quem poderia me mostrar o que é tão dificíl pra mim de ver, se não fosse você, meu amigo. Que sabe primeiro que eu, os defeitos que tenho, pois é com você que eu tenho as maiores brigas e desavenças, é com você que meu lado mais cruel aparece, mesmo sem eu querer. Maldita intimidade e amor de amizade, que me deixam falar tudo o que penso, e por poucos minutos me faz acreditar que poderei te perder pra sempre. Não quero ouvir nada, e você também não. Compartilhamos do mesmo silêncio,  e de opiniões diferentes. Praticamos então o respeito e por isso, continuamos amigos. Quem saberia calar tão perfeito como você? Seu silêncio grita na minha alma. Mesmo longe, sei que está perto. Mesmo mudo, magoado, chateado, sua voz me fala, me faz pensar. Viver sem você? Isso não existe. Só de pensar que sim, tentar me convencer que isso é a melhor escolha, todos os dias sentirei sua presente ausência. Até que nos retornemos enfim. O universo sempre se encarrega disso, pois é contigo que aprendo sobre o amor e o tempo. O tempo sempre passa muito rápido quando estamos juntos, e lá se vão o anos assim. Obrigada por me aceitar, por me ensinar sobre liberdade, sobre franqueza, sobre verdade, sobre maldade, sobre arte, sobre vontade, sobre respeito, sobre saudade. Obrigada por não me deixar sozinha, por me carregar no colo muitas vezes, por me estender a mão quando eu preciso, por me amar mesmo sem eu querer. Prometo tentar retribuir a esse amor com todos abraços  que eu puder!! Sinta- se então abraçado nesse dia!! Feliz dia do amigo!!!

terça-feira, 17 de julho de 2012

Devaneios de saudade, num continente distante.

Ai que mundo belo, grande e cheio de coisas pra viver. Tantas escolhas, tantas opções. Viagens, cursos, comidas, lugares, histórias, artes...e a principio uma vida só. Por onde começar? E o que seria mais importante? Não sei, só experimentando e vivendo pra saber. Junto das escolhas, as consequências: irmãs siamesas, uma não existe sem a outra. Acho que um bom norte para as escolhas, é o coração, o sentimento, o amor. Já que viemos nessa vida pra aprender a amar. Ninguém nasce sabendo nada, e muita gente morre sem nem ter começado a sentir o que é amor. Amor de mãe não conta, é muito canastra. Falo do amor que a gente quer pra toda uma vida. Daquele que você rega todo dia, porque precisa, porque ele justifica tudo. O amor que vale a pena. Mas será que isso só existe em filmes? Por quê não temos paciência de esperá-lo? Por quê procuramos nos lugares mais impróprios? Por quê vamos tão longe? Ele é tão simples. O amor é simples, nós que não acreditamos que ele possa ser. Nós confundimos amor com sexo, com carência, com medo da solidão, com paixão, com chocolate, com satisfação, com Coca-Cola. Tenho saudades de um amor que vivi, mas que acabou porque ele morreu. O homem que me amava morreu. O homem que eu aprendi a amar se foi. Confesso que tive sorte de viver um amor tão verdadeiro nessa vida, e não sei se poderei vivê-lo de novo. Não acho que mereço, já sou agraciada demais por ter conhecido um amor correspondido. Desses que valem a pena, mas infelismente não foi pra vida toda, em matéria, em corpo presente, esse estará vivo e guardado pra sempre na minha memória. Era um amor simples, amor de abraços, amor de respeito. Amor de bilho nos olhos, de coração bater muito forte, amor da saudade doer. E ainda dói. Amor com tesão, amor de muitos orgasmos. Não gosto do clichê de amor rima com dor, é tão infantil. Toda dor de amor é suportável, tipo tatuagem. Uma dorzinha que incomoda, mas a gente aguenta porque quer que ela estampe a nossa pele, nos marque, nos deixe uma cicatriz. Nem que seja uma cicatriz na alma, na lembrança daquele olhar que nos alcança, que fala com o silêncio, que faz o coração sorrir, onde a guerra exploda lá fora, mas você está em paz. O cheiro do amor é inesquecível. Que saudades que eu sinto do amor.

segunda-feira, 16 de julho de 2012

Homens nascem verdes, e morrem verdes. Verde alface, verde limão,verde azeitona, verde bandeira... não amadurecem nunca.

Sentada debaixo de uma figueira estéril, caem figos silvestres e verdes que não servem pra nada. Todos os dias pela manhã, catamos e jogamos fora. Eles caem maduros, mas continuam verdes. Apodrecem verdes. A natureza não é engraçada? Enquanto frutos são machos, as flores são fêmeas, elas amadurecem  e quando não são cultivadas, amadas e cuidadas com toda delicadeza, morrem rápido, mas nunca deixam de enfeitar e exalar bom cheiro. Homens são assim, sempre verdes. Principalmente na nossa sociedade patriarcal. Se sentem o centro do universo com seus membros prontos a jogar suas sementes em mais um jardim florido, nas mulheres. E nós deixamos. Sonhamos com um homem maduro, que nos compreendam, que saiam do seu fantástico mundo do Hulk, e nos protejam. Mas ele só querem saber de armas, de jogos, de lutas, de futebol, de estarem certos e que nós façamos sua comida, lavamos as suas roupas, os levem pra escola e decidam qual roupa ele vão usar. De preferência de super herói, lógico.No fundo a gente gosta, e não questiona. Afinal, uma mulher sozinha sempre fica com fama de coitada. Conversando horas com duas amigas muito especiais, Natália e Núbia, discorremos sobre todas as nossas dificuldades em amar e sermos amadas. Reconhecemos que esperamos demais dos caras, e que eles sempre montam na nossa carência. Essa é a verdade nua e crua. Eles dizem que nos amam. Amam? E o que é o amor?

"O amor é paciente, o amor é bondoso. Não inveja, não se vangloria, não se orgulha.
Não maltrata, não procura os seus interesses, não se ira facilmente, não guarda rancor.
O amor não se alegra com a justiça, mas se alegra com a verdade.
Tudo sofre, tudo crê, tudo espera, tudo suporta."

Gente, e qual é o homem que ama assim? Nem meu pai, que Deus o tenha. Isso é uma longa caminhada, em pleno séc XXI ? É no mínimo uma jornada dura e crua, pra se desvencilhar das espadas de Jedi, dos carrinhos, dos skates, das motos, e da fantasia do Lanterna Verde. Mas eles enchem a boca pra falar o tal "Eu te amo."E falam mais rápido que nós. 


Ok, vou falar tudo o que aprendi sobre esses homens verdes que queremos tanto e não sabemos pôr pra madurar.

Homens são carentes. Se souber fazer um carinho, ficam doces.Mas cuidado, ainda é verde. Um ogro sabe receber carinho, pode não saber fazer, mas sabe receber.Carinho é vida.

Homens são atrapalhados. Eles não tem a capacidade que nós mulheres temos de fazer várias coisas ao mesmo tempo. Eles se atrapalham. Sempre. Até na hora do sexo. Então relaxa, aproveita pra rir, porque você um dia também vai dar um deslize,  ninguém é perfeito.

Homens gostam de elogios. Muitos elogios. De todos os tipos. 

Homens falam. Acredite, eles falam pouco porque tem medo da gente, mas repara eles com os amigos! Isso significa que eles sentem. Eles não sabem na verdade onde colocar cada sentimento, já que o pensamento deles é por caixinhas, o afetivo geralmente fica na gaveta da bagunça. Não arrume a idéia de arrumar a gaveta da bagunça de ninguém.  Se você não tiver assunto além de gaveta da bagunça sai do Facebook agora e compra um Kindle.Deixe que ele resolva os problemas dele, se ele quiser.Espere ele falar.Se ele não falar, é um covarde. Também acontece.

Homens fazem tudo. Homens são capazes de tudo, nós que deixamos de exercitar um verbo que é muito importante do gênero feminino e que ficou no século passado.

ESPERAR. Esse verbo é do feminino. A mulher nasceu para esperar. Ela sempre esperou nove meses pela criança,  esperou o marido voltar da caça, da guerra, da luta, do trabalho, da cadeia. Esperou o filho crescer, o cabelo crescer, o marido morrer, e a vida seguir, e por fim o homem madurar.

O homem tem outro verbo.

FICAR. Ele também já não consegue exercitar o verbo que lhe cabe. Quando chega perto da gaveta da bagunça,  ele que sair, fugir,mudar de assunto, desconversar.Ele não consegue ficar com uma mulher só,  não consegue ficar em um emprego só, não ficar na mesma casa, no mesmo país,  o homem vaiaja mais, tem mais movimento de ida que a a mulher.O vetor do homem é pra fora, como o pênis é pra fora, como no símbolo do masculino é uma lança para fora.Ele vai. Tem dificuldade em amadurecer e saber como é,  porque ou como faz para ficar, e ficar em paz.

Quando a mulher pratica o esperar, e o homem o ficar, existe a possibilidade de relacionamento. Um mulher odeia quando está discutindo e o homem  pega as chaves do carro, o skate, ou só a carteira e celular e vai dar uma volta e deixa ela histérica sozinha. Existe outra alternativa, ela é adulta, se existe amor, existe abraço. Pra que vocês malham tanto essa porcaria na academia? Abraça ela forte, fica e mostre que você está ali. É só disso que a gente precisa. Nem precisa falar. É melhor não falar.Abraço é afeto. Carinho, braços forte, abraço seguro, nada de violência. 
Homens não são melhores com as mulheres, porque nem elas sabem o que esperar deles.Cada mulher , na verdade espera uma coisa. Diga para um homem o que espera dele. Isso facilita a vida demais. A gente não vai poder dizer nunca que não tentou!

Mas calma! 
Existe hora e lugar para falar para um homem o que você espera dele. Jeito certo principalmente.
Esse segredo eu levo pro túmulo. Sinto muito.

 Mas chega, vamos as verdades dos fatos!Somos sim, geralmente mal amadas porque eles não sabem o que é amar! A gaveta da bagunça emperra, e nós vivemos com um pires, mendigando atenção. Choramos nos filmes de amor, porque sabemos que o cara que está do nosso lado é limitado e nunca vai ser humilde pra reconhecer isso. Não choramos por sermos amadas, choramos por falta de amor. E de amor próprio, pronto, falei.
Achei muito digno, esse apostolo falar essas coisas, e tem uma parte em que ele mesmo assume a sua dificuldade em desenvolver e amadurecer o amor.
" O amor nunca perece; mas as profecias desaparecerão, as linguas cesarão; o conhecimento passará...
Quando eu era menino, falava como menino, pensava como menino, e raciocinava como menino. Quando me tornei homem, deixei para trás, as coisas de menino."

Existe uma hora que um homem deixa de ser menino. Ele precisa aprender a amar, amadurecer, deixar de ser verde.

Mulher já nasceu pra amar, amamos sozinhas, amamos por dois.Amamos por todos.Amamos errado, amamos torto, somos descompensadas. Mas até quando? É chegada a hora de depositarmos todo esse amor primeiro em nós, antes que a gente apodreça, que possamos exalar o que viemos fazer. Viemos ser femininas, moças, meninas,mulheres frágeis, que precisam ser protegidas, e que nossos pitis sejam achados engraçadinhos por homens fortes e decididos que assumam as suas responsabilidades de o serem e ponto.Lembrem que sempre tem uma mulher te esperando voltar, sua mãe,  sua mulher, sua avó,  sua filha, sua tia, mulher é assim. Repare.É pedir muito? Pior que é...fica aqui então a minha esperança verde, onde precisamos aprender a esperar, que no decorrer dos tempos, algum figo maduro, possa nos amar de verdade. 
E que eles cheguem pra FICAR o tempo que for.Aqui na Itália,  ou lá no Brasil. 



O amor nunca perece; mas as profecias desaparecerão, as línguas cessarão, o conhecimento passará.

Pois em parte conhecemos e em parte profetizamos;

quando, porém, vier o que é perfeito, o que é imperfeito desaparecerá.

Quando eu era menino, falava como menino, pensava como menino e raciocinava como menino. Quando me tornei homem, deixei para trás as coisas de menino.
1 Coríntios 13:8-11
O amor não se alegra com a injustiça, mas se alegra com a verdade.

Tudo sofre, tudo crê, tudo espera, tudo suporta.
1 Coríntios 13:6-7

O amor não se alegra com a injustiça, mas se alegra com a verdade.

Tudo sofre, tudo crê, tudo espera, tudo suporta.
1 Coríntios 13:6-7

O amor é paciente, o amor é bondoso. Não inveja, não se vangloria, não se orgulha.

Não maltrata, não procura seus interesses, não se ira facilmente, não guarda rancor.

O amor não se alegra com a injustiça, mas se alegra com a verdade.

Tudo sofre, tudo crê, tudo espera, tudo suporta.
1 Coríntios 13:4-7
O amor é paciente, o amor é bondoso. Não inveja, não se vangloria, não se orgulha.

Não maltrata, não procura seus interesses, não se ira facilmente, não guarda rancor.

O amor não se alegra com a injustiça, mas se alegra com a verdade.

Tudo sofre, tudo crê, tudo espera, tudo suporta.
1 Coríntios 13:4-7
Ainda que eu fale as línguas dos homens e dos anjos, se não tiver amor, serei como o sino que ressoa ou como o prato que retine.

Ainda que eu tenha o dom de profecia e saiba todos os mistérios e todo o conhecimento, e tenha uma fé capaz de mover montanhas, mas não tiver amor, nada serei.

Ainda que eu dê aos pobres tudo o que possuo e entregue o meu corpo para ser queimado, mas não tiver amor, nada disso me valerá.

O amor é paciente, o amor é bondoso. Não inveja, não se vangloria, não se orgulha.

Não maltrata, não procura seus interesses, não se ira facilmente, não guarda rancor.

O amor não se alegra com a injustiça, mas se alegra com a verdade.

Tudo sofre, tudo crê, tudo espera, tudo suporta.
1 Coríntios 13:1-7
Ainda que eu fale as línguas dos homens e dos anjos, se não tiver amor, serei como o sino que ressoa ou como o prato que retine.

Ainda que eu tenha o dom de profecia e saiba todos os mistérios e todo o conhecimento, e tenha uma fé capaz de mover montanhas, mas não tiver amor, nada serei.

Ainda que eu dê aos pobres tudo o que possuo e entregue o meu corpo para ser queimado, mas não tiver amor, nada disso me valerá.

O amor é paciente, o amor é bondoso. Não inveja, não se vangloria, não se orgulha.

Não maltrata, não procura seus interesses, não se ira facilmente, não guarda rancor.

O amor não se alegra com a injustiça, mas se alegra com a verdade.

Tudo sofre, tudo crê, tudo espera, tudo suporta.
1 Coríntios 13:1-7

domingo, 15 de julho de 2012

Desabafando meu mau humor...

Sinceramente, acho que a pior sensação do mundo não é a fome, o calor, a sede, a dor, a falta de grana, acho que a pior sensação é estar em lugar, querendo estar em outro. Isso é terrivel. Eu nunca sonhei na minha vida em conhecer a Itália. Fiquei mega feliz quando fui aceita pela Escola Potlach de Teatro pra estudar por um mês. Melhor ainda por poder participar de um festival intercultural de práticas teatrais. O universo quis, e eu estou aqui. Mas querendo voltar correndo pra casa. Nunca entendi tanto o E. T. querendo ligar pra casa...nenhum lugar do mundo é como a nossa casa. Existe todo um glamour de estar no velho continente. Visitei um castelo medieval de 1000 anos e confesso que fiquei encantada! É incrível imaginar que alguém construiu aquele castelo e ele permanece lá por tanto tempo. O Brasil só tem 500 anos, e nenhuma construção desse nível. Durante o festival, participamos de workshops com uma indiana,  uma japonesa, e o velho sem barba, o Barba. O oriente é especial, porque tem inserido na sua cultura o sagrado, o ritual, o espirito e o corpo, tudo junto. Fiquei me perguntando onde nós, os ocidentais nos perdemos nessa dicotomia. Maltratamos nosso corpo, não reconhecemos essa unidade. O mundo natural começa no espiritual, e onde fica essa ponte? O Brasil é cheio de religiosidade, possuimos várias maneiras de ritualizar as coisas, mas chegamos onde mesmo? Ah é, na escola aprendemos que fomos descobertos na tentativa de se chegar a Índia...mas o pessoal se perdeu...e nossos nativos se chamam "índios"...ai que comédia!Esse povo perdido, nos ensinou o cristianismo, a escravidão, a exploração. Mesmo assim, o Brasil é um lugar especial. Na luta pela sobrevivência, formamos a cultura da mistura. Tudo que chega é bem vindo, mas tudo tem seu preço. Nossa arte é o que? Samba? Carnaval? A festa do Boi? Do norte a sul, temos festas, celebramos a vida o ano inteiro. Celebramos mesmo? Acho que não. É só cultural. A ponte não foi feita, o sagrado não chega. O que é sagrado no Brasil? Nada. Tudo é profano, a corrupção habita no gene que há em nós e se chama...jeitinho brasileiro. Não respeitamos leis, não sabemos ouvir nãos, somos uma cultura corrompida. Pagou, levou. Levou nosso ouro, nosso aço, nossas meninas, nossos meninos, nosso suor, nosso sagrado. Mas vamos fazendo festa, que assim distrai a dor.
É, as nossas festas são sagradas, mas não no sentido de intocáveis, e separadas, são sagradas no sentido de escape mesmo. Um fulgás refrigério. Ai, como isso tudo me irrita. Eu acabo me rejeitando dentro da minha própria cultura. Queria estar no Brasil, e não ser brasileira, essa é a pior sensação do mundo. E pode isso Arnaldo???? Tudo bem Manuela, UH! Aceita! Aceita essa ponte entre o natural e espiritual que está dentro de nós. Pra mim, ela se chama fé. Ela está nos rituais sagrados/artísticos indianos, japoneses, iranianos,americanos, brasileiros,africanos e todos os demais. De alguma forma todo mundo precisa crê nessa ponte, nesse caminho que nos completa, nos faz sentir que estamos exatamente onde devemos estar : dentro da gente. Estar fora de nós também é um caminho, também é uma escolha, que precisei atravessar um oceano pra reconhecer a partir de agora respeitar. Me respeitar. Saio de mim tantas vezes que minha vida tem sido voltar. Voltar pro eixo, voltar pra base, voltar pro equilibrio, voltar pro espírito, voltar pro sagrado. Pro meu sagrado.|Apesar de nunca ter sonhado em estar aqui, levo como uma rica experiência essa viagem. Foi bom ter aprendido pelo oriente a aceitar o ocidente. Girar no eixo, andar no eixo, respirar no eixo, subir e descer no eixo.  Há um sagrado de cima pra baixo que nos alcança sim. Esse horizontal de culturas sempre termina em uma cruz. Obrigada por tudo Jesus. Agora, eu só quero é voltar pra casa.

sexta-feira, 13 de julho de 2012

A ordem dos tratores altera o viaduto.

A ordem dos fatores não altera o produto. Essa sentença só serve na matemática. Na vida é bem diferente. Nas relações principalmente.Somos reprovados todos os dias quando fechamos nossa contabilidade relacional. Ficamos devendo. A conta não fecha. É uma grosseria ali, uma intolerância aqui, e tudo vezes o egoísmo, noves fora...zero. Zero compreensão, zero amor, zero cuidado. O coração sempre no vermelho. Mas até quando?Uns vinte anos atrás eu estudava geografia na escola e o Brasil era pra lá da quinquagésima posição no hanking da economia mundial, e hoje é a sexta economia do mundo. Será que aprendemos a fazer essas contas? Ou os computadores é que facilitaram esse desenvolvimento? Mas e nas relações? No dia a dia um com o outro? O movimento de relacionamento virtual vai nos ajudar? Acho que não. Desaprendemos o que nem sabemos: ouvir. Não sabemos ouvir. Não ouvimos nossos pais, nossos professores,e nem os mais velhos. Não ouvimos nossa respiração, não ouvimos nosso corpo, nem nossos pensamentos. Não fomos educados pra isso. É muito mais fácil ouvir música estrangeira, se embalar pela melodia, se deixar levar pelo movimento e falar sem parar...o infinito do universo que nos escute...ecoando no buraco negro vazio. Mas então pra que servem as palavras? Estou fora do meu país, conversando com italianos em inglês...oi? Isso me incomoda. Quando Roma era o centro do mundo e foi além de suas fronteiras, nasceram essas tantas linguas do latim: o italiano, o francês, o espanhol, o português, tudo da mesma origem...e hoje em pleno século XXI, é no inglês que a gente se vira. Isso me revolta. Nunca gostei muito do inglês porque sempre achei uma lingua pobre, ela não alcança os meus sentimentos, ela é muito pouco pra mim. Mas hoje está sendo preciosa, já  que aqui, meus sentimentos não importam muito pra ninguém, nada de profundidade sentimental na comunicação, vamos ao básico pra sobreviver.  Por isso esses meus primeiros dias na Itália foram tão sofridos, principiante nas relações sempre. Não saio da primeira série nunca...vislumbro um ginásio sentimental, mas ele me parece bem distante.
Eu poderia discorrer o assunto falando das diferenças gritantes entre homens e mulheres, e suas linguas próprias, mas vou deixar pra um próximo post. Hoje me resumo a entender que o começo é tentar sobreviver sem desistir do outro, mesmo sem entender nada do ele fala, e nem tenha ouvidos para ouvir, pois EU não tenho ouvidos para ouvir. Não tenho,assumo, estou desenvolvendo o meu, e às duras penas. Agora se o outro tem ouvidos? É, alguns. Tive a sorte de conhecer dois deles por aqui. Poderia dizer que encontrei seus ouvidos atentos pelos olhos...eles me viram e pelos seus olhos me ouviram, e me salvaram de morrer  sem ser compreendida. Então o que vem primeiro? Ver para ouvir? Ou ouvir pra ver? Não sei. Estou desaprendendo tudo que pensei saber sobre isso. Mais uma vez essa primeira série que me gonga, mas tudo bem, até agora eu sobrevivi. Quanto aos tratores, esses que derrubam estruturas, e carregam pedras, esses precisam ser colocados em ordem sim. Senão, vamos caminhando ser saber pra onde as placas nos levam porque os viadutos ao invés de serem construidos para nos levar a algum lugar, se tornarão praças redondas e suspensas que nos farão rodar, rodar, rodar, sem saber onde é a saída pra se relacionar. Eu me perco sempre nessas estradas, tenho de sair de casa antes, para não chegar atrasada.Nem me arrisco mais a pedir informações no caminho.E também não confio muito em GPS, ele mente. Relacionar com máquinas dá nisso, desenvolvemos números que nos fazem crescer, caminhar, construir, produzir....mas e amar? Onde fica esse verbo? Hein? Pode falar mais alto? Eu não estou ouvindo...

sábado, 7 de julho de 2012

Zorra Total - Não gostou? Deita na BR.

Sempre fui uma palhaça. No recreio da escola, eu ficava no pátio imitando Regina Casé e Debora Block quando faziam TV Pirata e minha amigas se mijavam de rir. No teatro também, me encaixava mais nos personagens engraçados, que nos maliciosos. Cresci assim. Amava Andrea Beltrão em Armação Ilimitada, e sonhava em ser como a Cláudia Raia. Tenho um senso de humor estranho, procuro graça nas minhas desgraças e vou caminhando. Agora, depois de adulta, virei fã de Ingrid Guimarães e Heloísa Perissé. Que saudades da Escolinha do Professor Raimundo, e do Chico Anysio, pra mim, o grande mestre do humor. Gosto de personagens, e escrevi alguns pra mim, e pros meu colegas de comédia. Tive minhas dificuldades na faculdade nas aulas de clown, porque assumir o rídiculo e ficar confortável nele, é um processo. Estou nele. 
Me lembro da estréia do Zorra Total, e sempre sonhei em trabalhar lá. Depois de Ladykate, esse sonho aguçou. Eu assitsti Os Suburbanos umas 6 vezes, e quando os vi no programa, eu vibrei. O Brasil inteiro gosta de Valéria e da Janete, e do Pedrão e Jorginho...e muita gente do humor brasileiro passou por lá.
Gente boa. Maria Clara Gueiros, Alexandra Richter...e muitos outros. 
Sou Bacharel em Artes Dramáticas, estou na Itália participando de um festival intercultural de teatro, penso em fazer mestrado, e até para as minhas amigas quando falo que meu sonho é trabalhar no Zorra Total, elas riem da minha cara e dizem...." só você mesmo". Mas qual é o problema? Por quê o preconceito? Não entendo...o Brasil tem como sua história no tetaro e  na TV a Praça da Alegria, que virou a Praça é Nossa e nos reconhecemos em todas aqueles tipos que nos mostram como o brasileiro apesar de sofrido, consegue fazer graça. Moacir Franco é um dos humoristas mais engraçados e um cara que teve 70% de Ibope em um programa próprio...mas ninguém lembra disso. Martins Pena foi considerado nosso Moliere, escreveu várias comédias de tipo, mas ninguém lembra. Esse é o nosso teatro desvalorizado e preconceituoso.
Qual o problema de trabalhar no Zorra Total? Até a minha mãe diz que " eu mereço coisa melhor"...é? E o que seria? Dar aula de teatro e ganhar uma micharia? Ser protagonista da novela das 8? Ser capa da Playboy? Ser Panicat? Na verdade não tenho nada contra nenhuma dessas profissões, acho dignas, pois se forem a escolha mais honesta de cada um, está valendo, mas no caso não é a minha, e se você não gosta mãe, é uma pena. Um pena você não acreditar nos meus sonhos, não me apoiar, não considerar a possibilidade de que eu posso e vou ser feliz fazendo o que eu quero, e não no que você quer. Isso serve para todas as mães e pais que não apoiam seus filhos a fazerem teatro, ou o que quiserem como profissão. Nada vai nos parar. E vocês lamentarão quando lá na frente estivermos realizados, sofridos pela caminhada árdua e sem apoio de  ninguém,vocês não serão agradecidos, quem não acompanha a parte dificil da caminhada, não tem o direito de desfrutar da vitória. E o povo brasileiro vai continuar rindo disso. E de vocês também. Não gostou? Deita na BR.

terça-feira, 3 de julho de 2012

Workshop Parvathy Baul - Está tudo no lugar.

Expectativa é uma coisa que impreguina e costumo dizer que expectativa é uma esperança que quica, ela é fora do ritmo, ela acelera a vida e nunca é boa. Pra mim, é a semente da ansiedade. Cheguei na Itália e em uma semana a casa caiu. Esse negócio de comer macarrão o tempo todo me dá uma fome deseperada! Um calor de 35°, e aqui ninguém coloca água pra gelar, é da bica e natural. Assistindo Ave Maria com Julia Valey, no teatro percebi que não existe ar condicionado. Festival cheio, gente saindo pela janela, e um micro ventilador. Quero voltar pra minha casa agoraaa!! Sem me sentir saciada, sem conseguir dormir direito porque é muita gente no quarto e com esse calor, quem é feliz? Fui pega chorando que nem criança na cozinha, suplicando aos céus que alguém me tirasse daqui. Os olhos de Maysa ( Ilária) me viram. A organizadora do evento se compadeceu de mim. Supliquei ajuda pra ir embora e ela docemente me pediu pra fazer pelo menos o workshop da indiana Parvathy. Uma hora depois eu estava na sala ouvindo uma mulher de um metro e meio talvez, com um cabelo desse tamanho também, todo de dreads. Ela tem cara de menina, mas é uma mestra. Um sorriso sincero, uma calma indiana, cantava e tocava uma música da alma. O processo é aprender essa música e escrever a sua própria história, depois editá-la em um poema e musicá-la. O primeiro exercicio que vi foi de respiração. O segredo de um corpo que canta e vibra, um ser que ecoa onde passa. Nunca tinha visto essa forma de respiração,onde se faz barulho quando inspira, e expira, e no final perceber que ela esfria o corpo. Saí do lugar de desespero e voltei pro que não sei, é, faço teatro porque até não sei o que é, no dia que conseguir defini-lo, acho que Jesus me leva. Foram só 30 minutos de alegria, a fome começou a me deixar com dor de cabeça e minha fada madrinha Ilária me levou pra comer carne, enfim feliz.
Como eu esperei tanta coisa daqui ? Não seria muito mais fácil não esperar nada, pra que o que viesse fosse lucro? Aqui faltou luz, faltou água. Imaginou? Verão europeu, em um vilarejo isolado, ao lado de um mosteiro, estamos em um castelo de 1600...sem ar condicionado, sem carne. Segundo dia de festival, e o inferno era a Itália. Barba foi embora, e não deu workshop pra mortais, ele fez Ave Maria in progress com Julia, e nós assistimos o resultado do processo. Só isso. O espetáculo é surpreendente, diferente de tudo que já vi. Chorei verde ( estava de rímel colorido, na tentativa de colorir minhas expectativas, que eram negras.) Ainda bem que meu coração é maior que minha mente, eu senti na alma esse teatro, e comecei a desistir de ir embora. Sem mais expectativas, uma outra solução chegou. Fui agraciada com um quartinho na masmorra do castelo. Talvez o mais quente, porém com a vista mais bonita de Fara in Sabina. Comecei então a dormir melhor. Metade das pessoas que estavam aqui foram embora com o Barba, e a vida começou a melhorar. O segundo dia com Parvathy foi intenso. Ela nos ensinou e girar no próprio eixo, tal qual aquela brincadeira de criança, que toda mãe briga quando vê o filho fazer, porque fica doidão da tontura. Vibrei!! Esse era meu momento, ia ficar tonta igual quando pequena e isso é teatro indiano!! O exercicio parece simples, mas é uma fonte de energia e prazer. No terceiro dia começamos a entender mais a tal música dela e começamos a cantar as nossas. Eu apenas li o meu poema, e chorei, chorei muito. Eu sou como uma figueira plantada no meio de uma vinha...e que Deus me dê a música, porque a letra está pronta. Depois do almoço, fizemos o treino do passo do pé, como uma dança indiana. Gabriel ficou no foco do problema, o corpo ocidental que tem muita dificuldade de mover, mas conter a energia na quinosfera. Quanta coisa nova, e quantas fichas caindo. Quantas coisas deixaram de ser importantes, e outras tornaram a ser. E tudo em uma semana!! Eu pensando que iria gravar videos suada...só consigo me perceber viva, e por enquanto está de bom tamanho. Não vou, não posso e não quero mais dar vazão a expectativa, essa maldita sempre estraga tudo. Chega, agora eu respiro pra esfriar e giro no eixo, assim minha expectativa deixa de quicar e tudo parece voltar ao lugar. Sem frustrações, ou desencantos. Está tudo no lugar.

sábado, 30 de junho de 2012

O Barba sem barba e a chatice do processo

Definitivamente a ilusão deve ser a minha especialidade, bem que minha terapeuta sempre me lembra de aterrar, sair do meu cabeção e ver as coisas como realmente são, sem expectativas. Sou uma atriz iniciante, estou longe de ter um corpo disponível prontamente, acredito no processo. 
Mas ao assistir Ave Maria in Progress com Eugênio Barba e Julia Varley, me decepcionei. Dentro do que entendo de teatro, ou o que observo em todos os que assisto, e não são muitos porque acho chato, é uma composição de significados, e geralmente se desdobra em camadas. Basicamente falando. Nesse caso de Ave Maria, é mais uma composição falando de morte, onde as cores do cenário são branco, vermelho e preto. Caveiras, varal, túmulo de um bebê, uma tábua de passar roupas com um par de luvas com desenho de caveira nos pés da tábua, um imenso chapéu preto, com uma flor vermelha, peças de renda, vermelha e preta, chale, e jornal. O que salva é a atriz. Não pelo seu corpo potente, sua voz de ópera, ou sua enorme vontade de homenagear uma outra atriz já falecida com seu drama, e sua história de sofrimento diante da ditadura chilena e suas perdas. Julia me despertou do tédio da cena, quando Barba interrompia sua ação, e a pedia para repetir. Tantas, e tantas vezes ele interrompeu com palmas, porque antes ela havia dado três passos e agora dois. Que a mão estaria na posição tals, e que o jornal deveria acompanhar uma certa frase. Durante duas horas, ela estava ali. A sua submissão e obediência me atormentaram. Nenhuma reação, nenhuma opinião criadora partia dela, se ele não a questionasse, para que ela resolvesse a cena, ele mandava, ela fazia. Pra mim, 40 % do que foi pedido era atividade, não seguia o fluxo de ações, e talvez esse incômodo proporcionado seja de propósito. Para que começar uma frase com o jornal cobrindo o rosto, e na frase seguinte, abaixá-lo, se ela está de chapelão, chale e um véu negro lhe cobrindo o rosto? E pra que uma  voz cavernosa para dar a notícia de uma morte? Que coisa chata!!! Me recuso a acreditar que o Barba compõe uma teatro sublinhado, com elementos que praticamente fazem legenda. Ah, está muito quente aqui. O suor escorrendo pelo meu rosto, o teatro daqui não possui ar condicionado, a platéia toda se abana, meus pensamentos estão muito pessimistas. Depois de ensaiar, repetir o que ele pede por quase 30 minutos ela enfim, compõe a cena com uma música clássica bem emocionante e alta. A voz impostada, a sequência de movimentos, mesmo que alternados entre ação e atividade ( na minha particularíssima e suada opnião) ela vai construindo algo que caminha pra um crescente. O ritmo nos alcança, e nessa hora o Barba não bateu palmas e interrompeu, ele fechou os olhos num suspiro de realização do que de fato ele queria, numa fração de segundos abriu os olhos e sorriu levemente. Ali eu chorei. A relação dos dois, marido e mulher, diretor e atriz, nesse sacerdócio que se chama teatro, me remeteram ao amor de Deus. Sim, na condução que Ele sabiamente vê de sua onipresença, e tenta nos dar, e que não acreditamos.Ele nos interrompe nos sonhos, e nos planos, nos caminhos,até na posição das mãos, e damos "pitis", como uma criança malcriada, Ele sabe o que está vendo e qual a composição e camada dessa cena, nós algumas vezes somos solicitados a resolver, outras devemos apenas obedecer e confiar. Pude ver no semblante de um mortal imperfeito, o aspirar o cheiro, o perfume, o incenso, o aroma do amor que ela proporciona quando está ali verdadeiramente disponível pra obedecer e repetir, e repetir e repetir. O teatro é realmente algo sagrado. É um altar onde derramamos nossos sacrifícios em nome de um amor, em nome do invisivel que apenas se sente, onde o espiritual transpassa o material e tudo vira brasa.\O fogo então consome, fumega, apura, purifica. 
Sobre o que é a peça? Não sei, achei chato também, mas reconheci que não existe uma chave, não existe uma técnica, não entre eles, mas sim um comprometimento, um verdadeiro amor ao ofício. É, acho que pode ser um bom começo de festival.

quarta-feira, 27 de junho de 2012

Atravessando o Atlântico.

Tudo pronto, e passagem na mão. Foi uma viagem de quase 24 horas por causa da escala em Lisboa. Dormir no avião é pros fracos, eu não consegui. Em Lisboa já estava quente e o aeroporto parece economizar no ar condicionado, isso que é crise européia. No avião indo pra Roma, eu apaguei quando a avião decolou, acordei congelada. Pedi ao passageiro de trás se poderia fechar aquela saidinha do ar condicionado que estava em cima de mim! Ele secamente respondeu: não. Indaguei que estava com frio, ele disse que eu não poderia fechar porque não perguntei a ele se poderia abaixar a minha poltrona...oi? Na hora pedi desculpas e pus a minha poltrona reta. Ele então desligou o ar. Não acreditei. Um homem feito, barbado, portugûes infantil, parecia que tinha 11 anos de idade. Um babaca. Já no aeroporto, o suor escorria pelas pernas, 7 da noite e está claro e quente ainda. Gabriel foi me buscar em um carro tipo Uno e disse que era uma carroça. Era um Panda bem velhinho. Só pra sair do aeroporto demoramos 30 minutos. A maquina falava que não precisava pagar, mas na cancela barrava todo mundo. A saída do aereporto estava um caos. Nenhum funcionário pra ajudar e um bando de italiano brabo gritando comigo. Que medo. Na estrada, dirigindo, Gabriel não sabia se me ensinava italiano, se me contava tudo que aconteceu nos ultimos três meses, ou se prestava atenção no caminho. Nos perdemos por 2 horas nas vias expressas, e rimos muito de tanta confusão. Fara in Sabina é tipo um vilarejo na distancia de uma hora e meia do aeroporto. Chegamos na escola quase 11 da noite. Até arrumar tudo era 1 da manhã quando fui dormir. Enfim em casa.

sábado, 23 de junho de 2012

As mulheres são malucas porque os homens são babacas? Ou os homens são babacas porque as mulheres são malucas?

Da mesma forma que todas as mulheres são malucas e os homens são babacas, ambos de se dividem em níveis, tal qual os idiomas. Tem babacas iniciantes, intermediários e tem babacas avançados.Esses são do tipo que pediram pra ser babacas e todos os dias pela manhã ao acordar, entram na fila 10 vezes, só pra garantir a babaquice nossa de cada dia, e não é para a nossa alegria.
Tudo isso porque suas auto estimas estão no pé. São inseguros e incapazes de elogiar uma mulher, muito menos a sua mulher, que dirá pedir desculpas! Esse é o tipo avançado  de babaca. Mas também coitado, perdeu seu foco quando descobriu que mulheres são independentes e nem sempre ficam plantadas do lado de um telefone celular como se ele tivesse fio e ela não pudesse ir a padaria sem ele. As mulheres que ficam grudadas no telefone, ou sofrendo por esse tipo de babaca, elas têm o nivel de auto estima tão baixa quanto a do babaca em questão. Semelhante atrai semelhante.Óbvio. Ao contrário do que se vê em Gabriela, a mulher, estuda, usa calcinha, beija na boca e transa de dia. Ser honesta é ser honesta consigo mesma, reconhecer que se deixou levar por uma carência sórdida, e que se não der conta de si mesma na vida não vai dar conta de marido, nem de filho nem de coisa alguma. Se não souber falar o que quer e se expressar nesse mundo, vai viver frustrada esperando um babaca qualquer trazer rosas, enquanto o dono da floricultura está solteiro e ela não vê. Podemos ser auto suficientes sim, e viver um relacionamento emocional saudável, sem neuras, sem cobranças, culpas, e pesos. Fica a pergunta: a mulher é maluca porque o homem é babaca? ou o homem é babaca porque a mulher é maluca? Esse ciclo vicioso e nocivo não acaba? Me desculpem mulheres, a minha resposta é cruel, e pra mim a culpa nossa. Vamos demorar alguns anos pra ter acesso a tudo que os homens tem e sermos capazes de ser livres desse acasalamento obrigatório para uma suposta felicidade familiar. Isso é muito ultrapassado. A verdadeira familia se refaz agora. A tecnologia reconhece parternidade, não há mais roubo de herança, os valores estão mudando e nós precisamos ser mais firmes. Somos capazes de mudar a nós mesmas, pra depois mudar as coisas que estão fora de nós. Não é papo de auto ajuda, porque tenho preguiça, é parar de mimimi e ir à luta do que há nos seus sonhos, mesmo que ele seja ser astronauta, pedreira, motorista de caminhão, pilota de avião, presidenta, cantora, atriz, jogadora de futebol, lutadora de MMA, coronel das forças armadas, não importa, isso te conduzirá pelo caminho mais trabalhoso, porém o mais honesto. Se nessa caminhada de estudos, noites perdidas, baladas negadas, falta de grana pra pequenas vaidades, aparecer um outro sonhador disposto a SOMAR nessa empreitada, welcome to my life!Como suplemento, nem é complemento emocional de realização, também deixou de ser a única, primeira e exclusiva fonte de satisfação emocional. " O marido fiel" é utopia demais pra minha cabeça. Se ele existe, cada mulher faz o seu e isso demora um tempo. Ele precisa aprender a dar valor a relacionamentos, saber pedir desculpas, parar de entrar na fila dos babacas 10 vezes por dia e estar ciente que viver sozinho é um caminho certo pra uma velhice triste. Uma mulher companheira não é aquela tipo mãe, é aquela tipo amiga. Mulheres malucas do nível avançado, por favor, não tomem decisões pelos seus homens, não arrume a casa deles, nem as gavetas deles, senão eles podem confundir os sinais. Conversem, dêem opniões, ajudem nos prós e contras, mas as escolhas são deles. Cada um com suas vidas e suas escolhas. Porque de babaquice e maluquice o mundo já está lotado.

terça-feira, 19 de junho de 2012

Microondas X Fogão à lenha = Delay do tesão.

Sou cismada com sincronicidade. Percebo de longe quando há algum delay seminotando a vida. Nos vídeos de edição e até nas piadas audiovisuais, a culpa é sempre do delay.Se fosse ao vivo, seria muito mais engraçado! Na vida sexual de heterossexuais isso também acontece sempre. Um delay imenso porque o corpo da mulher é bem diferente do homem, na hora do sangue correr pra preparar os respectivos orgãos sexuais. Ela precisa de sangue por toda a parede do útero, e de lá produzir o lubrificante, que precisa percorrer todo o caminho até descer pela vagina e molhar a calcinha. Pra esquentar, demora igual ao fogão à lenha. Põe ai....uns vinte minutos no mínimo!! Enquanto o homem precisa de no máximo dois minutos pra preencher a cavidade peniana de sangue e inflar um pênis de 23 cm que seja. Idêntico ao microondas, dois minutos está pronto, apita e tudo. Enquanto ele está pronto, ela mal começou. Esse é o maldito delay. Ele quer meter, ela não está molhada. O que fazer? Rapazes, dica de ouro: BEIJA NA BOCA. Não vai forçando a mão no pescoço dela pra um boquetinho. Se você faz isso, se mata. Espere até pra começar a beijar os seios dela, pode acreditar que mais um pouquinho de sangue irrigando o corpo feminino, vai ser melhor pra você depois. Também não adiante o processo e parta pro sexo oral, você vai ter de encará-la encharcada, com aquele gostinho caracterísco, e vinte minutos depois do seu pênis estar pronto.Seu trabalho oral vai ser mais rápido, bem mais rápido. Se você tem ejaculação precoce, disfarça, vai no banheiro, e volta,aproveita esses vinte minutos, pra se preparar para a próxima enquanto ela se esquenta e assim vocês podem diminuir o delay do tesão.Lógico que tudo isso é relativo.Mas uma mulher totalmente lubrificada e com tesão, vai dar conta de algumas posições e vai fazer coisas que um homem não imagina. Principalmente nos dias de hoje, que as pessoas mal se conhecem e vão logo pra cama. Depois dos ansiolíticos,e os antidepressivos, os remédios tipo Viagra são os mais vendidos do mundo, para garantir a vasodilatação necessária do membro masculino, mesmo que a vagina dela esteja com cheiro de peixe podre. Sexo é bom, então é pra fazer bem feito e não de qualquer jeito. A falta de intimidade já causa uma série de desconfortos.A mulher demora, mas na hora da relação, se submete e tenta se acostumar com os homens que são afobados por natureza.Literalmente.Deve ser por isso que fingem tanto orgasmo...Homens eu os desafio à fazerem um teste. Vinte minutos de beijo na boca, isso basta para excitar uma mulher. Experimente, USE CAMISINHA e me escreva. Mas se você não sabe beijar na boca...ah se mata!

domingo, 17 de junho de 2012

De babaca e gostoso, todo homem tem um pouco.

Num dia de semana qualquer, um cutuque inesperado. Um gatinho conhecido de vista resolve chamar pra uma cerva. Ela foi. Mas antes resolveu seguir os conselhos de Supernanny, e avisou o que esperava dele. Sim, os homens de cara acham que toda mulher é maluca, mas se ela norteia alguma expectativa, eles entendem e obedecem. Foi uma simples mensagem de texto onde ela diz que sabe o que há no subtexto do "vamos tomar uma cerva" mas que queria aproveitar a oportunidade pra desfazer a má fama dele de "machista e grosso", porque qual a mulher que não acha de cara que o homem é um machista e grosso? Tal qual ela é maluca, ele é um babaca, logo de cara. Ela também teve a sensação de que ele fez uma roleta no Facebook, pra ver qual ponto verdinho do chat ele iria abordar. O dela. Pra finalizar a mensagem, "prefiro a inteligência e a gentileza". Ao se encontrarem tudo lindo, ele estava pronto,entendeu a mensagem e era um verdadeiro príncipe. Conversaram, riram muito, tomaram as cervas e ele a beijou. De um simples cutuque vespertino,quando viu, ela já estava na casa dele, e na cama dele. Teve a coragem de anunciar, que estava com medo dele ser um babaca gostoso, ele muito príncipe a convenceu de que ela não era um pontinho verde avulso no Face dele, e dai ela deu. Ah, foi tudo lindo, o fogo consumiu tudo que ela nem notou que não tinha lençol...o principe existia e estava lá, rigido e pronto pra faze-la feliz e ela foi, foi bem feliz. Ele poderia não ser tão babaca, mas soube ser gostoso. O compromisso que ela tinha depois dali, foi desmarcado enquanto ela estava no elevador pra ir embora, ele então fez companhia no jantar e foi tudo lindo também. Não é que esse negócio da Supernanny funciona? Mas ela deve ter esquecido alguma outra técnica de finalização de encontro, porque os dias se passaram e ele nunca mais apareceu.Nunca mais esteve verde no chat. Nem quis saber se ela chegou bem em casa. Eu que ouço essas histórias o tempo inteiro de amigas, conhecidas e desconhecidas onde nada muda, eu pergunto, então Supernanny, qual a técnica pra que os homens entendam que pra deixar de ser babaca, tem de ter um pouquinho mais de consideração no pós-dar feminino? Isso, depois que ele come a mulher, não necessariamente ele vai ter de namorar com ela, mesmo porque ela também pode não querer, mas o fio rascunho da amizade colorida está pronto, por quê não mantê-lo para uma próxima roleta do Facebook? Do que eles tem tanto medo? Elas vão arrumar outro homem sim, elas vão ser cutucadas por outros e vão cutucar também ( eu particularmente não cutuco), igualzinho aos homens.Estamos no século XXI, e em busca de conselhos da Supernanny eu descobrirei porque de babaca e gostoso todo homem, tem um pouco, e qual a melhor técnica para tratar isso.

segunda-feira, 11 de junho de 2012

Dicas da Supernanny para o relacionamento a dois.

Pequeno dicionário Divanês/Ogranês.

1. Quem ama dá limites. Ela não pode usar a gilete dele pra raspar as pernas,e ele não pode fazer número dois de porta aberta.

2. O combinado não sai caro. Se você não disser pro outro o que espera dele, ele não vai adivinhar. Comunique-se. Agora, se você não sabe o que espera de um relacionamento, não namore.

3. Cumpra o combinado. Se o combinado é que quintas são livres, não faça chantagem emocional. Respeite isso, mesmo que um dia você  não tenha amigos pra ir a um cinema,  o outro pode não querer fazer absolutamente nada. Descombinar o combinado é possivel, pela vontade dos dois.

4. Estabeleça as regras, separe tempo só para os dois. Ela gosta de novelas e ele de videogame. Por mais que ela não ligue pra isso, ou que jogue também, não encha a sua casa de amigos pra jogar no sábado a noite, pricipalmente se ela aparecer na sua casa cheirosa.

5. Regras estabelecidas, quando um perceber que o outro está desobedecendo o combinado. Páre. Olhe nos olhos e fale com tom firme, dando o aviso: você está fazendo o que não pode, se continuar, vou te colocar de castigo.

6.O castigo. Se ele ou ela constinuarem fazendo o que não deve, você então pára de novo, olhos nos olhos e diz: Você vai ficar de castigo por X minutos (X= idade da pessoa ) porque descumpriu a regra. E deixe a pessoa seus  20, 30,40 ou 50 minutos sem conseguir seu afeto, chamego e atenção.Nenhuma palavra. Depois desse tempo, retorne e fale de novo porque a pessoa ficou de castigo, ela se desculpa, entende que não é pra fazer aquilo e fica tudo bem. 

7. As pazes. Não cabe ressentimento. Gentilezas são sempre bem vindas. Assim como crianças, adultos precisam ser educados sentimentalmente. O amor é o que faz a gente querer ficar e suportar o outro. É trabalhoso, é preciso mais ouvido que boca, mais olho que mão.

sábado, 9 de junho de 2012

Porque sexo é bom e todo mundo gosta.

Feminismo contemporâneo é mais ou menos assim : a mulher trabalha fora, porque trabalhar, ela sempre trabalhou, em casa na educação dos filhos. Então agora ela tem duas jornadas de trabalho, a jornada tripla, a de amante, no sentido de estar sempre disponível pro sexo, já está mudando...e estou achando que esse jogo vai é virar. Como o homem era o provedor, ela tinha de ser depósito de esperma ao bel prazer de seu " dono". Poucas foram as mulheres que descobriram prazer no sexo, com seus maridos, pra eles não fazia diferença se suas esposas gozavam gostoso ou não, elas não poderiam ir embora. Hoje, as mulheres se sustentam, e querem gozar. Experimentam homens, mulheres, brinquedinhos eróticos e swing. Podem até ser descriminadas pela sociedade e taxadas de "putas", mas elas cagam, a sociedade não paga as suas contas. Minha mãe era adolescente nos Anos Dourados, ai que delícia de tempo. Pegar na mão, beijar de boca fechada, e ser " deflorada"...muito romance, muita idealização, mais delicadeza também, concordo. Eu nasci nos Anos Rebeldes, e cresci praticando o "ficar". Minha mãe entendia, mas não concordava. Eu tinha no meu futuro, todas a bocas do mundo, e com elas, todas as probabilidades, ela não. Uma timidez da "época" não a permite se permitir experimentar. "Ficar" era brincadeira de adolescente, que hoje é mais normal, que o compromisso. A geração transição tem como foco o verbo EXPERIMENTE. Isso sim não é um comportamento mais "danoso" à familia, que a homossexualidade? Pra quê ter um marido, se eu posso ter um companheiro? Criar filhos já não está obsoleto?O certo não seria, educar crianças? O homem contemporâneo entende esse papel? Juro que não. Os homens estão mais perdidos que cachorro em mudança. Os com menos de 30 anos, são os filhos das mães livres, elas não tiveram como ensinar nada direito pra eles, nem tempo.Os com mais de 30 é que apontam o que eu tento falar aqui, homens mais maduros e pais de filhos sem a mãe em casa.A responsabilidade da educação está sendo melhor distribuida.São poucos, mas são pais presentes.Mesmo assim,eles se veêm sem funções importantes pra sociedade. Afinal hoje a mulher não precisa de homem pra muita coisa, eles se sentem desolados. Não precisam prover. Trabalhar, trabalhar, trabalhar agora é verbo feminino. Eles ficaram lá atrás...na pré história da relação. Disponibilizam seus membros rígidos, pra serviços delivery de prazer feminino momentâneo. Relação? Sexual e só. Estou muito pessimista? Ok, vou falar a parte boa. O homem do século passado vai se tornando contemporâneo quando perceber que o afeto dele, é o que faz uma mulher feliz. Ele só descobre esse afeto com amor aos filhos. O "homem/marido" do século passado tem de crescer e amadurecer pra finalmente chegar ao século XXI e ser "pai/companheiro", a fonte masculina do afeto. Por quê afeto? Porque somente pelo afeto uma mulher se envolve com um homem. Ela pratica o sexo(dá) sem afeto nenhum, mas no fundo, ela sempre espera algo.É uma diplomacia da relação. A mínima consideração ela espera.Se ela tem de esperar nove meses pra parir, esse verbo esperar é uterino.Agora o verbo "voltar" ou "submeter" passou a ser uma escolha pra ela e não mais uma condição imposta. Se nós também não estamos perdidas? Não. Um pouco iludidas talvez. Tem uma sombra de príncipe encantado que atrapalha tudo. É a maneira masculina de manipular a vontade feminina, os contos de fada. Acorda mulherada, a decisão é nossa, a escolha é nossa.Quem consome ou decide o que seu marido ou filhos consomem é a mulher!Nós somos a base da classe C.A economia do país depende de nós, a política do país depende de nós! Pára de querer "arrumar alguém" perfeito, ninguém está pronto.O masculino e o feminino estão revendo seus papéis, nem por isso, deixamos de precisar um do outro. Vamos baixar as bolas, ceder nas convicções, praticar o amor e assumir cada um suas responsabilidades.